Hoje falarei sobre esse
campo que vem crescendo e se desenvolvendo cada vez mais no meio científico: a
psicologia social, que busca respostas de como as pessoas se relacionam em
sociedade. Para isso, estarei embasada no livro de Aroldo Rodrigues de
mesmo nome >>> psicologia social.
No capítulo dois desse livro
de Rodrigues, nos deparamos com o seguinte questionamento: como conhecemos as
pessoas com as quais interagimos? Ele nos diz que sempre tentamos conhecer as
pessoas em sua totalidade (atitudes, comportamentos, personalidades), ou seja,
criamos nossa própria teoria implícita de
personalidade, que baseado em nossos rótulos e estereótipos sobre pessoas e
grupos devem então manifestar determinada atitude, tudo fruto de um fundamento
por nós atribuídos.
O problema de tal
comportamento é que generalizamos em caracterizar e rotular determinado grupo,
raça, gênero, pessoa, ou seja, se um homem alemão é agressivo, todos os alemães
o são. O melhor é que pudéssemos conhecer as pessoas naturalmente, sem
julgamentos preconcebidos.
Sabe quando tentamos
amenizar o nosso ridículo ou fracasso diante das situações cotidianas? Quando não vamos bem a uma prova, ou quando
tropeçamos em algo em público, ou melhor, quando paralisamos diante de uma
plateia em um seminário. Pois é, quando acontece conosco buscamos justificar tais
fatos por meio do contexto: é o professor que fez uma prova muito difícil
porque detesta sua profissão, é porque o chão estava muito liso e porque tenho
crises de ansiedade e fobia social. Os estudiosos chamam isso de tendenciosidade auto-servidora, quando a
culpa do ocorrido é infundida em algo, alguém e em fatores externos. O que é
diferente do outro que também passou por situações assim, mas que a culpa de
tal é somente sua: de não ter estudado, ser destratado, nervoso (a) demais etc.
No capítulo 3 segue: como
influenciamos as pessoas ou somos por elas influenciados? Aqui nos deparamos
com os tipos de poder. Esses identificados facilmente na nossa cultura. O poder legítimo é aquele que por ter
legitimidade não abre espaço para questionamentos. Exemplo é um político eleito
democraticamente e que sanciona determinada lei, reconhecemos esse direito como
legítimo, assim como o poder legítimo dos pais com os filhos. Esse poder só é
questionado quando extrapola o que é de fato atribuído como legítimo ao seu
detentor. O poder de coerção é
imposto por meio de punições, caso seu poder não seja aceito, esse tipo de
poder não influencia literalmente, já que não é internalizado pelo influenciado,
visto que é feito sobre pressão. O poder
de recompensa é feito por meio de barganha, quando algo é oferecido em
troca de um comportamento, sendo do mesmo feitio do poder de coerção, ou seja,
não internalizado. O poder de referência
é aquele exercido por alguém que nos é influente ou uma referência, portanto,
aquele (a) a qual temos afeto e admiramos. O poder de informação∕conhecimento é
capaz de influenciar uma pessoa mais eficazmente, pois convence o influenciado
de que determinada atitude ou comportamento lhe é essencial, como a necessidade
de seguir a prescrição medicamentosa.
Essas são as formas de
influenciar as pessoas, todas elas bem arraigadas na nossa cultura e que de
alguma forma temos consciência de cada uma e como elas afetam nosso modo de
vida. O modo como somos influenciados por outros independe pouco de determinado
status, mas sim da situação a que
estamos expostos e que nos torna mais suscetíveis. Isso já foi evidenciado no
texto 9, que trata sobre obediência, e que interage perfeitamente com o assunto
desse capítulo, já que a partir da influência de outros passamos a ser
obedientes e disciplinados em nossas atitudes.
O capítulo 4 trata das
atitudes sociais, sobre nossas posições frente a objetos sociais. Rodrigues nos
dar o exemplo de Francisco, que faz parte de um partido de esquerda e vive em
alto luxo; consumindo muito do mundo capitalista. Com isso, inferimos que sua
posição ideológica parece ser fraca e contraditória frente à sociedade. Ele age
avesso ao que “acredita”.
Nossas atitudes são objeto
de extremo estudo por psicólogos sociais. Como elas podem despertar sentimentos
prós e contra determinados objetos sociais, o que torna a atitude de Francisco
incoerente. Os componentes: afetivo, cognitivo e comportamental interligam
nossas atitudes. O afetivo é o sentimento pró ou contra um objeto. O cognitivo
são pensamentos frente ao objeto. O comportamental é a resposta em relação ao
objeto. São esses elementos também possivelmente os responsáveis pela formação
de nossas atitudes, assim como sua mudança.
A conclusão sobre esses
temas é que constantemente estamos sempre interpretando o mundo e as pessoas de
acordo com nossas pretensões, e que esses padrões se tornam estereótipos e nos levam a julgar e inferiorizar as pessoas, muitas vezes antes mesmo de
manter uma interação∕relacionamento. Isso parece ser inerente à condição humana,
mas que devemos estar sempre questionando, conhecendo assim a nós mesmos e
nossos preconceitos, e claro, conhecendo realmente aquele∕aqueles que são alvos
de nossos atribuições.

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